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uso do Colar Elizabetano na Oftalmologia Veterinária

Quando   o   animal   apresenta   problemas  oftalmológicos   o  uso   do   colar   elizabetano   é  imprescindível  para recuperação pois quando eles têm dor ocular, normalmente coçam os olhos, arrancam os pontos, se auto-mutilam,  piorando  a  lesão,  além  de  levar  contaminação para  a  região.

 

O colar é incômodo para o paciente, principalmente nos dois primeiros dias, mas a grande maioria dos animais se adapta rapidamente.

 

O importante é que o proprietário esteja consciente da importância da sua utilização e não retire-o.

 

O animal vai se adaptar a alimentar, beber água e dormir com o mesmo.

Os colares elizabetanos são de plástico ou polipropileno em forma de cone e presilhas para fechar, podendo possuir borracha nas extremidades e tiras para passar a coleira.

 

O comércio oferece diversos tamanhos e opções de colares transparentes ( os colares transparentes, apesar de permitir uma visão lateral, são mais frágeis ).

 

O colar pode ser fabricado em casa utilizando-se radiografias, baldes, papelão tomando cuidado sempre para não ferir o pescoço. Tal adaptação é mais aplicada para gatos e animais bem pequenos como aves, por ser mais difícil de encontrar colares fabricados que se ajustem perfeitamente ao seu corpo diminuto.

Hoje temos também viseiras para cães, que são transparentes, com proteção ultra-violeta e não permitem que o animal esfregue os olhos durante o tratamento oftálmico.

Uma opção muito interessante que os americanos criaram recentemente é um aparelho leve, acoplado a coleira que também evita que o animal bata o focinho (e os olhos) nos obstáculos a sua frente.

É útil em animais cegos, porém se o animal apresenta alguma enfermidade e o objetivo é que ele não consiga coçar os olhos, esse aparelho não tem sua serventia.

 

Colares de tecido não impedem que o animal esfregue os olhos, não devendo ser utilizado em animais com problemas oftálmicos.

 

Colares cervicais (apenas no pescoço) de tecido ou de borracha, também não impedem que o animal esfregue os olhos nas paredes ou objetos, não sendo úteis na oftalmologia.

O tamanho do colar também é muito importante! Toda a cabeça do animal deve ficar uns 3 dedos pra dentro do colar.

Colares curtos, também não são efetivos, pois o animal pode esfregar os olhos na parede ou em outro local.

Recomendações ao tratamento com o uso do colar elizabetano

Se o tratamento for longo e o animal ficar vários dias com o colar elizabetano alguns problemas podem acontecer:

 

  • Deve ser feita a inspeção diária do pescoço, pois animais que salivam bastante podem ter dermatites pela umidade, isso pode ser evitado com higiene após o animal se alimentar ou beber água.

 

  • Podem ocorrer otites (infecções de ouvido), pois o colar deixa as orelhas menos ventiladas. Isso pode ser evitado com inspeção diária e limpeza dos condutos com gaze ou algodão seco

 

  • Talvez o maior dos problemas que observamos, é quando os animais ficam muito tempo com o colar pois eles aprendem a coçar os olhos deitando-se sobre o colar ou esfregando a cabeça no mesmo, ou se coçam nas quinas das paredes ou dos sofás…

 

Quando isso acontece, temos um grande problema!

 

E nesses casos a vigilância constante é a única saída para impedir que piorem o quadro ocular.

RAINHA ELIZABETH

 

Acredita-se que o colar elizabetano tenha origem na Inglaterra durante o século XVI. Onde camponeses de Greenwich utilizavam o instrumento em animais com grandes feridas a serem tratadas.

 

Baseando-se no mesmo princípio de um aparelho que a rainha Elizabeth, na época uma criança, usava a fim de evitar que roesse as unhas dos pés, hábito impróprio para uma monarca, os camponeses que trabalhavam no palácio adaptaram o aparelho para o uso em animais evitando que lambessem as chagas.

 

Por tal razão ficou conhecido como Colar Elizabetano.